terça-feira, 4 de dezembro de 2007

have you?

Have you ever wished what you couldn’t have?

Have you ever dreamt what you couldn’t feel?

Às vezes sinto que pereço. Que não sou capaz de lidar com dificuldades simples da vida. Até mesmo uma tampa de vidro de azeitona me parece um desafio, por vezes inatingível. Talvez um pouco de utilidade me fizesse bem

Talvez um pouco de realização me animasse.


Apenas talvez, afinal, como posso ter certeza?


A certeza é que penso, logo existo. (Ou penso que penso, logo existo, não vou entrar no mérito filosófico.) Apenas eu penso, desejo, imagino. Logo...

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

So tired

Oh God, I just want to make the right decisions,

In the right moment.

I don’t want to hurt anyone!


But I can do it in right way.


I just want to lie down


Maybe forever.


And this is all that I can do to myself now:

Only one tear.

And nothing else .

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Da autoria insignificante

E quem foi que disse que há sempre outra opção?

Quem disse que há sempre uma escolha a ser feita?

Quem disse que caminhos continuam?

Quem disse que o tempo não pára?

Quem disse que o mundo não é justo?

Quem disse que as regras são fixas?

Quem disse que planos são necessários?

Quem disse que metas devem ser cumpridas?

E quem disse que não?

E no fim das contas, de que importa quem disse, se as palavras foram lançadas? Qual a diferença entre Albert Einstein, Carlos Drummond de Andrade ou José da Silva? Palavras são palavras, não tem força maior ou menor pelo seu autor, a diferença está apenas na repercussão.

E se eu disse tudo isso? Qual a diferença? Impreterivelmente você escolherá quais guardar e quais ignorar. E dêem graças ao maravilhoso sistema nervoso central humano e sua dita capacidade de raciocínio!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Desenho da Jeni pra mim



Porque às vezes tudo o que eu queria é ir direto ao fim ou de volta ao começo.

Porque às vezes não saber o que fazer ou como fazer é degradante.

Porque às vezes tudo o que eu queria é estar totalmente só ou totalmente acompanhada.

Porque tudo tem limite, até mesmo as guerras findam por saturar os combatentes.

Porque às vezes as opções que se tem não são viáveis, não suprem as necessidades.

Porque às vezes gostaria de ter conhecimento, até da gramática.

Porque às vezes, tudo o que eu queria é escrever. De novo. De verdade.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

E no fim, sempre as mesmas novidades antigas.
Crepúsculos são como o amanhecer.
Planos minuciosos dão errado, então você os adapta
Mas os novos também vão fracassar e ser adaptados.
Até que quando perceber: "qual era mesmo o foco?"

E no fim das contas, a primeira vez é mesmo sempre a última chance.
Mas são tantas as primeiras vezes, que por momentos acreditamos ser outra chance.

E depois de um livro, vem sempre outro. Depois de uma música vem outra.
Porque quando morreres, alguém nascerá.
E assim o mundo indelével perpetua-se, renova-se.
Com as mesmas novidades antigas.

E no fim, a roda da vida é mesmo uma roda.
No fim, a Terra não é redonda, o tempo que é cíclico.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Intitulável

De certa forma, a chuva que cai para mim é necessária. Precisava da maior pressão atmosférica causada pela chuva, precisava de um ar mais respirável, precisava sentir apoio de algum lugar, mesmo que do clima.
Às vezes, nas longas ou curtas trajetórias de vida, acumulamos sucessões de decepções e contentamentos. Os contentamentos nos dão forças para prosseguir, nos dão fé e até nos fazem sorrir e sentir um pouquinho de prazer. As decepções nos ensinam tanto, tanto que sugam nossas energias.
É triste perceber que, por mais que nos empenhemos e façamos tudo o que está ao nosso alcance, algumas coisas simplesmente não mudam. A menos não antes que seja tarde demais. E que essas "coisas" inicialmente insignificantes se acumulam, se amontoam, passam a incomodar. Algumas delas chegam ao ponto de tornar situações inustentáveis.
É ainda mais triste notar que, por mais que a situação esteja insustentável, você terá de se subordinar. Terá de abaixar a cabeça, ignorar seus ideiais e simplesmente recolher-se à sua humilde insignificância. Tudo torna-se pior quando chega-se a esse ponto. O respeito acaba, as pessoas perdem a importância, você perde seu próprio valor.
O que fazer quando não há nada que possa ser feito? Seria a única ação possível sentar-se numa poltrona com a boca aberta num forçado sorrisso, cheio de dentes, enquanto espera a morte chegar? Será Raul?

Agora, mais do que nunca: Show me the shadows where true don't meaning lies.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

1º texto exclusivo deste blog

Durma minha criança, a escuridão nada esconde.
Tiveste apenas um pesadelo, levarei-te à cama e ficarei contigo até que durmas.
Não há medo ou dor agora, vê?
E todos aqueles sonhos que alimentaste que poderia mudar algo no mundo,
toda a decep~ção ao perceber que não poderia, esqueça!
Durma o sono da rebeldia queimada, do conformismo aparente,
durma agora.
Depressa, antes que mais algum sonho fajuto te assole,
e que a indignação ao final dele te acorde, novamente, a chorar pelo pesadelo.
Esqueça gregos e troianos e volte à grande e densa massa de dormentes.
Agora, deite-se em sua cama macia e ore a Deus agradecendo e pedindo clêmencia pela alma enjaulada na prisão do despertar.

Para os interessados

Bom, acho que é só

quem realmente quiser dê uma olhada no flogao, enquanto ele ainda vive.


That's all
Compactuemos a mentira nossa de cada dia
Disseminemos a hipocrisia que nos mantém de pé
Espalhem a mentira, vamos, todos!
Elitizemos toda forma de cultura útil, então
Embasbaquemos a elite.
Matemos nossa história
Vamos continuar, todos juntos
Até que o último fio de esperança se vá.
Liguem a televisão, exibam violência gratuita
Desrespeitem a si e ao próximo.
Abusem!Explorem cada gota, cada segundo
Matem-se, morram, queimem, destruam
Mas não se esqueçam da bela lápide
Nela, a frase pela qual chorarão e padecerão
Escrevamos em unanimidade o epitáfio:
“Aqui jaz minha alma, minha cultura,
Minha filosofia, meu ideal e pensamentos.
Aqui enterrei meu passado e futuro
Em troca do auto-engano do falso prazer.
E que descanse em paz tudo o quem me
fazia racional, pois agora padeço
meu próprio inferno, criado por minhas mãos
(antes ávidas por satisfação, e agora
clementes por meu veneno).”

(12/06/2007)
Chega um momento na vida em que você está realmente cansado(a).Os livros na estante são apenas um amontoado de papéis comprensados, não tem importância.
Os amigos já não tem mais uma foto contigo exposta em local público.Você já magoou aos outros e a si mesmo tantas vezes que já não sente mais a diferença.
Não sente mais tristeza, nem amargura, nem solidão. Aliás, não sente mais nada.
E algumas pessoas se preocupam, se desesperam, te mandam ao psiquiatra. Mas não é isso o que se passa. A grande piada - que não tem nenhuma graça - é que todos esses sintomas não são nenhuma novidade, nada incomum.
É apenas seu cotidiano.

Chega um momento da vida em que você percebe que não deveria ser assim, mas não pode se lembrar como sua vida tomou esse rumo.Chega um momento em que sua fé nas pessoas e nas mudanças termina.
Esse momento chega quando você ainda é jovem demais para acreditar que é um aviso de morte, mas sente-se cansado demais para ignorar, abstrair e sorrir como se nada tivesse acontecido.

Abstrair. É duro quando você percebe que este é o verbo de ação que mais pratica. Eis outra grande ironia: asbrair é um verbo de ação.Ironia. Sua vida atualmente baseia-se em perceber, observar, constatar e admirar as ironias da vida. Quase como um esporte.Vida. Outra grande ironia, existência eu diria. Viver é outra coisa: é sentir, é fazer, ser, estar... Muitos verbos. Não é isso, ou pelo menos tudo o que vi, li e ouvi sobre viver não é isso.
Definição do dicionário Aurélio. Viver:v. int. 1.Ter vida; existir. 2.Durar, perdurar. 3.Habitar, morar. 4.Alimentar-se. 5.Ter como meio de vida. 6.Dedicar-se inteiramente. 7.Passar a vida (de certo modo).
Acho que é esta última a definição da maneira com que vivo, o que me fez lembrar de uma tira que li certa vez. Acredito que eram exatamente essas as palavras: "Uma definição apenas define os definidores".

(16/07/2007)

1º Post

Decidi fazer um blog, e de começo postarei os últimos -e relevantes- posts do antigo fotolog.

Adoro a divulgação anônima da internet. rs

That's all