terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Da tríade (ou trindade?)

Mais um dia, mais uma dúvida. Creio ser a hora de deixar de lado o instinto de guarda-costas psicológico para passar a exercer maior indiferença. Se pensar bem, de certa forma, sendo pouco mais negligente (ou melhor dizendo, menos empenhada) em alguns, talvez consiga ampliar o poder de atenção para uma maior gama de pessoas. Quem sabe, talvez, sobre até um pouquinho de tempo e disposição para enfrentar a mim mesma. É, aquela garotinha ignorada tanto tempo...a loira/ruiva/morena que há anos não encontro “em pessoa” para uma conversa franca.

Eu sei, não a deixei completamente de lado, nunca me esqueci dela. Inclusive periodicamente me dedicava a meditar e analisar seus temores, anseios e atitudes. Ok, ok sempre com uma crítica velada, mas sempre a respeitei. Ao menos que eu me lembre. A doutora... É, aquela moça que também habita esse corpo pode mediar a conversa! Pode garantir que nenhuma das duas se exceda, é parte da função dela garantir a integridade física e psicológica, não? Nada mais justo que garantir a sanidade de 2/3 da mente do corpo que ela mesma usa. Será que a guria vai aceitar me encontrar depois de tantos anos afastadas? Será que a parte “ego” vai aceitar falar com a parte “apoiadora” que nunca a ajudou?

Aguardem - senhoras, senhores e senhorita – cenas do próximo capítulo. E me emprestem um livro de psicologia que trate de múltipla personalidade. Quem sabe Freud explique.