sábado, 31 de maio de 2008
Das reticências
raiva de médicos
(alguém com noção do que seja uma patologia se manifeste)
indignação com os remédios
(reclame indústria farmaceutica)
e encruzilhada entre vontade e comodismo
(de novo)
do que adianta escolher, se não posso concretizar?
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Da divagação
Um brinquedo torto, com todas as peças no lugar.
Um estágio de sonho que se tornou coma
Apatia, amnésia, indiferença
Cabeça no lugar, pé no chão
E nenhum suspiro em seus pulmões.
E um calor estranho em seu coração.
Novo dia, levanto sem acordar
Tudo segue, a vida continua para quem a vive
Novo dia de radiação solar invadindo cada célula
Sou só eu, ou o calor virou risco de câncer?
Sou só eu, ou o trânsito se tornou excessivo?
Sou só eu, ou tem população demais
E gente de menos?
Tudo igual, trocam as estações
Exatamente igual ao que estava antes, estático
Estática, ruído, chiado, barulho
Sou só eu, ou tem gritos em todo canto?
Sou só eu, ou tem cilindros demais?
Sou só eu, ou há um volume excessivo de conversas
E nenhum assunto?
Aberraçãozinha estranha
Com quem as pessoas já se acostumaram
Contentamento momentâneo, excitação
Vontades, planos, aspirações
E nenhuma idéia em sua mente.
E nenhuma saída do turbilhão.