terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Da tríade (ou trindade?)

Mais um dia, mais uma dúvida. Creio ser a hora de deixar de lado o instinto de guarda-costas psicológico para passar a exercer maior indiferença. Se pensar bem, de certa forma, sendo pouco mais negligente (ou melhor dizendo, menos empenhada) em alguns, talvez consiga ampliar o poder de atenção para uma maior gama de pessoas. Quem sabe, talvez, sobre até um pouquinho de tempo e disposição para enfrentar a mim mesma. É, aquela garotinha ignorada tanto tempo...a loira/ruiva/morena que há anos não encontro “em pessoa” para uma conversa franca.

Eu sei, não a deixei completamente de lado, nunca me esqueci dela. Inclusive periodicamente me dedicava a meditar e analisar seus temores, anseios e atitudes. Ok, ok sempre com uma crítica velada, mas sempre a respeitei. Ao menos que eu me lembre. A doutora... É, aquela moça que também habita esse corpo pode mediar a conversa! Pode garantir que nenhuma das duas se exceda, é parte da função dela garantir a integridade física e psicológica, não? Nada mais justo que garantir a sanidade de 2/3 da mente do corpo que ela mesma usa. Será que a guria vai aceitar me encontrar depois de tantos anos afastadas? Será que a parte “ego” vai aceitar falar com a parte “apoiadora” que nunca a ajudou?

Aguardem - senhoras, senhores e senhorita – cenas do próximo capítulo. E me emprestem um livro de psicologia que trate de múltipla personalidade. Quem sabe Freud explique.

2 comentários:

Jenifer Gavilan disse...

Bom, já falamos sobre isso tantas vezes, mas pq continuar a bater o dedo na mesma tecla?Hoje, percebo que todos temos em maior ou menor grau esse lance de "múltiplas personalidades", de "enfrentar ou encarar a si mesmo"; o ponto x é que todas as pessoas dentro da gente, na verdade são uma só; pode parecer meio óbvio, mas o que te mantém em unidade e não fragmentada, é a maneira de como vc equilibra o potencial de cada "eu" em si mesma. E isso não é uma tarefa das mais fáceis e é por isso q é grandiosa.
Bj!

Renato disse...

VOCÊ DESMONTOU O A TEORIA DE FREUD EM SI MESMA!!!!!!

Colocou-se em discussão seu ego e sua ID, mediados pelo seu superego, se é que você me entende...
Quem espera da pequena ID, garotinha fraca e pensativa, uma atitude menos introspectiva...
Quem espera do SUPEREGO, ranzinza e sem graça, o apoio moral e psicológico...
Quem espera do EGO, que normalmente é o seu exterior, uma atitude que não tenda a interpretar os conceitos anteriores ignorando sua influência e agindo de forma imparcial...

É isso, a menina que você busca é, como ja foi dito no comentário acima, a parte desfragmentada de si mesmo, o seu eu moral e centralizado... Pois como encontrá-lo?? Freud disse que seria ensinando ao ego a discernir uma média entre as opinioes do superego e do Id, e eu ainda adiciono a isso a idéia de que, quanto mais você se empenha procurar algo inexato que não está num lugar específico, mais você tende a enfrentar a fragmentação. Antes de procurar, certifique-se de que você mesma sabe exatamente o que procura...