sexta-feira, 26 de outubro de 2007

E no fim, sempre as mesmas novidades antigas.
Crepúsculos são como o amanhecer.
Planos minuciosos dão errado, então você os adapta
Mas os novos também vão fracassar e ser adaptados.
Até que quando perceber: "qual era mesmo o foco?"

E no fim das contas, a primeira vez é mesmo sempre a última chance.
Mas são tantas as primeiras vezes, que por momentos acreditamos ser outra chance.

E depois de um livro, vem sempre outro. Depois de uma música vem outra.
Porque quando morreres, alguém nascerá.
E assim o mundo indelével perpetua-se, renova-se.
Com as mesmas novidades antigas.

E no fim, a roda da vida é mesmo uma roda.
No fim, a Terra não é redonda, o tempo que é cíclico.

2 comentários:

Jenifer Gavilan disse...

Você me fez lembrar a música do Cazuza: "Eu vejo um museu de grandes novidades...o tempo não pára..."; realmente o tempo é cíclico, mas, é assim para que todos possam senti-lo e concêbe-lo de forma única. Em aspectos gerais, todos viverão frustrações, alegrias, terão muitas chances (que acreditarão serem as últimas ou mais uma chance qualquer), terão planos desfeitos, planos não planejados, sonhos destruídos, amores e amigos que vão e vêm, quem sabe, permanecem; entre outras experiências e sensações da nossa existência...mas tudo isso é novo pra cada um.
E não creio que tudo seja aparentemente tão repetitivo assim...nós é que (muitas vezes) não reiventamos nossas perspectivas de vida; e a vida, a vida, o tempo, são muito mais que um cíclo...vão muito além do que podemos pensar que são.
Bjinhus!
;)

Renato disse...

Seria a mesma visão deturpada da sociedade perfeita que ninguem enxerga....

Novidades dependem da sua capacidade de fazer tudo parecer estar acotecendo pela primeira vez...

Belo texto.. ainda que um tanto... desesperançoso...

Bj